D&D rpg de mesa: as melhores aventuras prontas para você escolher!

Você provavelmente está ouvindo falar bastante de D&D RPG de mesa com o recente lançamento do filme. No entanto, você sabia que já houveram outras adaptações desse jogo incrível? O clássico Caverna do Dragão, desenho que marcou a infância de milhões de brasileiros, é uma clara referência a essas histórias fantásticas que antes estavam encerradas no mundo dos RPGs.  

Há muitas outras obras que foram impactadas pelo poder de Dungeons & Dragons. Uma das mais recentes foi o fenômeno da Netflix, Stranger Things, em que citaram os jogos de maneira explícita. O jogo também aparece no blockbuster E.T., dirigido pelo mestre do cinema Steven Spielberg. Isso sem contar as referências indiretas que foram absorvidas pela cultura pop de maneira geral, como os calabouços e a utilização de dados. 

D&D RPG de mesa não marcou apenas uma época, mas sim a cultura pop como um todo. Em nosso artigo iremos entender melhor sobre esse game em suas origens, como foi criado, e tudo o que é relevante sobre seu sistema! 

O que é D&D?

Você provavelmente já ouviu falar de RPG em algum momento. Também conhecido como Role Playing Game – jogo de interpretação de papéis -, D&D faz parte de uma categoria de games onde o jogador encarna um personagem em uma aventura e atua como ele durante toda uma campanha ou história conforme comandada pelo mestre do jogo.

Esse papel pode ser dado pelo jogo, e então o jogador interpreta um personagem pré-definido ou um personagem criado do zero por ele com diversas raças para escolher, ofícios, habilidades e muito mais.

Com o passar dos anos, o gênero RPG se ramificou em diversos outros subgêneros e pode ser jogado de diversos modos. O modo mais conhecido é sem dúvidas por meio de jogos eletrônicos, e como um exemplo de subgênero do RPG, temos o J-RPG, por exemplo, que são os games japoneses dessa categoria. 

Há também os RPGs táticos, que funcionam por meio de estratégias parecidas com os antigos jogos de tabuleiro chamados wargames, e, claro, os RPGs ocidentais que bebem muito da fonte de Dungeons & Dragons. 

Na verdade, todo RPG bebe da fonte de D&D pelo simples motivo de que foi D&D o responsável pela criação do gênero como o primeiro RPG do mundo, pioneiro neste sistema de jogo.

Gary Gygax, Dave Arneson e David Wesely eram desenvolvedores de jogos de tabuleiros americanos, como os wargames que já citamos. Esses jogos eram febre nos Estados Unidos por volta do fim da década de 60 e início de 70. 

No entanto, Gary, David e Dave viam que havia uma rigidez nesses jogos. Eles não davam liberdade para seus jogadores, pelo menos não a liberdade que o trio sonhava para seus games. Depois de muito pensar e imaginar como poderia ser um novo jogo, o trio fez seu primeiro esboço de D&D que dizem ter chegado a 100 páginas!

D&D RPG de mesa foi então lançado oficialmente em 1974, contendo livros de regras, fichas, dados e muitas especificações diferentes nunca antes vistas por fãs de jogos de tabuleiro, tornando-se rapidamente uma febre e até mesmo polêmica.

D&D é um jogo de tabuleiro, precisa de referências estéticas e de preferências físicas para ser jogado. E quando falamos que é um jogo “de mesa”, estamos dizendo que é jogado de modo pessoal, fisicamente, onde os jogadores vão até um local, se reúnem e começam uma partida. 

Toda a concepção do jogo foi pensada com características medievais, muitas delas assumidamente vindo das obras de Tolkien e de outros elementos culturais como contos medievais, contos de cavalaria e romances como A Morte do Rei Arthur. Tudo isso acabou sendo unido para criar um sistema de jogo onde os jogadores encarnam os heróis – ou vilões – dessa história. 

Dungeons & Dragons teve um grande impacto na indústria do entretenimento. Como comentamos, foi responsável por criar um novo gênero, dezenas de subgêneros e também influenciou em outras mídias como quadrinhos, filmes e séries. O mundo não passou ileso a toda influência de D&D que hoje está recebendo um filme só seu. 

Como funciona D&D RPG de mesa?

D&D RPG de mesa é um game que foi concebido para ser jogado pessoalmente. Claro, com a tecnologia houve adaptações que permitiram o game ser conduzido de modo remoto e virtual, mas em essência ele foi criado para ser jogado em reuniões presenciais. 

O jogo se caracteriza pelos jogadores encarnando heróis em uma aventura para conseguir tesouros, explorar masmorras, derrotar monstros, seres das trevas, se embrenhar em tramas, prestar favores para NPCs – non-playable character -, entre outros. Tudo isso enquanto toda a história é narrada pelo mestre, que não é um jogador, mas está ali definindo e conduzindo a partida. 

Por se tratar de um game focado em história medieval, os elementos são característicos deste gênero. Então estamos lidando com gladiadores, paladinos, anões, dragões, bruxos, feiticeiros, clérigos, cavaleiros e outros personagens do tipo. 

O que pode ou não ser feito dentro do jogo é dado pelo livro. Cada jogo de D&D acompanha um livro de aventuras que deve ser lido e utilizado pelo Mestre e narra os elementos do jogo, diz o que pode ou não ser feito, define as regras e pauta como deve se passar a aventura.

Em relação ao seu fator humano, o jogo precisa de jogadores e mestres. Vamos entender melhor como cada um deles se comporta no game. 

Mestre

O mestre é uma peça fundamental para que D&D possa ser jogado. Ele é quem define os detalhes do game. 

O livro de aventuras de D&D permite que os jogadores possam realizar inúmeras atividades, e jogar o game de modo diferentes, mas é o Mestre quem define os detalhes sobre como a jogatina irá se dar. 

É obrigação do mestre ler o livro, criar a aventura que será seguida pelos jogadores e acompanhar o curso da partida. O Mestre não deve apenas conhecer o livro e a aventura, mas também deve ter raciocínio rápido e estar preparado para improvisar caso haja necessidade. 

Afinal, os jogadores são livres, e podem tomar uma decisão que não foi prevista nem pelo Mestre e, muitas vezes, nem pelos livros ou pelas regras, portanto quem conduz a partida deve estar preparado para reagir para manter o jogo em ordem e integrar a ação do jogador na aventura. 

É o Mestre quem cria NPCs, controla NPCs, apresenta as masmorras, monstros e outros elementos que interagem com os jogadores dentro da partida. Também é obrigação do Mestre gerenciar outros aspectos técnicos da partida, como quais serão os pontos de vida dos monstros, aplicar regras e conceitos especiais, e elementos do tipo. 

Jogador

O papel do jogador em um RPG é interpretar o personagem e esté o objetivo de todos os jogos do gênero. Contudo, no RPG de mesa, como é o caso do D&D, esta interpretação é ainda mais necessária e ocorre de modo mais profundo. 

Quando o personagem é criado e é dada todas suas características, o jogador deve assumir para si aquela personalidade e tomar ações que condizem com o seu personagem. Assim, toda a aventura é encarada da perspectiva dos personagens envolvidos. E utilizando suas habilidades, tomando as decisões razoáveis a personalidade de cada um dos personagens, o jogo se desenvolve. 

Em teoria, se o jogo tiver um Mestre e um jogador, ele pode acontecer. Mas a verdade é que D&D RPG de mesa foi criado para um grupo de jogadores, que devem ser pelo menos 3 fora um Mestre.

Como ocorrem as partidas de D&D 

Bom, já sabemos que o jogo funciona com base no Mestre e nos jogadores. Mas como ele se dá na prática? 

O Mestre cria sua aventura por meio do livro do jogo e do livro de regras. A aventura fica pronta para que os jogadores encarnem seus personagens e comecem a jogar. 

D&D acontece em turnos, onde cada jogador rola os dados em sua vez de jogar, e de acordo com o resultado dos dados ele deve tomar uma ação diante do que está acontecendo na aventura. 

O dado é que define se uma ação terá sucesso ou fracasso, ou em que grau se dará esse sucesso e fracasso. Os jogadores podem optar por 3 tipos de ação jogando Dungeons and Dragons: 

• Exploração: os jogadores e personagens exploram o mundo, descobrem informações sobre a aventura;
• Interação: os jogadores e personagens interagem com os NPCs para conseguir informações ou até mesmo para negociar;
• Combate: os jogadores e personagens lutam contra inimigos, monstros e utilizam suas armas e habilidades especiais. 

Tudo isso está previsto no livro de regras e o Mestre deve cuidar para que tudo aconteça conforme está estabelecido. 

Uma sessão pode durar algumas horas e o Mestre pode planejar aventuras curtas que duram não muito mais que isso, mas há sessões que levam meses para serem concluídas. Tudo isso, claro, vai depender da disponibilidade da mesa. 

Como começar a jogar D&D?

Para começar a jogar D&D RPG de mesa você precisa de um livro de D&D e reunir todos os elementos da mesa: os jogadores e o mestre. 

O livro acompanha todos os instrumentos necessários para jogar o game, então fique tranquilo. Mas pense bem na mesa que está sendo constituída. Leve em consideração, por exemplo, as habilidades e tudo o que mencionamos sobre o Mestre antes de definir quem será o Mestre de sua mesa. 

Os jogadores devem então escolher seus personagens, suas classes, criar suas histórias, definir suas personalidades, e o mestre cria a aventura com base no livro de regras. E então prontinho! A história pode começar a se desenvolver. Lembrando que a diversão deve ser o critério de qualidade, ou seja, quanto mais divertido, melhor. 

O que é necessário para jogar D&D?

Certos elementos são essenciais para jogar bem D&D. O jogo já foi criado com base em antigos games de tabuleiros, então é comum que certos elementos se repitam aqui. De modo geral, os itens necessários para jogar D&D são: 

• Livro do jogador: informações necessárias para criar os personagens, classes e informações sobre o jogo e as partidas; 

• Dados: são necessários para cada rodada do game, eles definem o grau de sucesso da ação. Os dados podem ser de 4, 8, 10, 12 ou até 20 lados; 

• Tabuleiro: muitas mesas dispensam o seu uso, mas outras acham que é indispensável uma representação visual para o game; 

• Marcadores e miniaturas: se o tabuleiro for utilizado, então haverão miniaturas para serem utilizadas em cima dele que representam os jogadores; 

• Lápis e papel: os jogadores precisaram tomar nota durante a partida e anotar informações sobre seus próprios personagens; 

• Fichas dos personagens: as fichas são usadas para jogadores marcarem informações sobre seus personagens, suas habilidades, pontos, equipamentos, entre outras características; 

Esses são os itens mais essenciais para que uma partida possa acontecer. Com eles em mãos é só iniciar a aventura.  

Quanto tempo dura 1 rodada D&D?

Uma rodada costuma ser bem rápida, com média de 6 a 15 segundos. Basta que o jogador role o dado e invista em uma ação. Essa ação varia muito, desde o personagem atacar um inimigo, tentar fugir, roubar, tentar persuadir um NPC, entre outros. 

Toda rodada é de um personagem, e quando todos tiverem tomado suas ações, então é iniciado novamente o rodízio. As rodadas cessam quando um dos dois lados for derrotado. 

Quantas pessoas jogam D&D?

Não existe um limite definido de qual o máximo de jogadores para D&D, mas os grupos costumam se reunir entre 3 a 6 pessoas. É um número adequado para trabalhar em equipe e razoável para que o Mestre consiga compor uma aventura que seja interessante para todos os membros da mesa. Tudo isso também depende da preferência do grupo e de como ele prefere ser dividido. 

Mas você já sabia de todos esses detalhes sobre Dungeons and Dragons? D&D RPG de mesa está entre uma das maiores criações da indústria de entretenimento de todos os tempos. Sua influência é sentida até hoje e provavelmente ainda será reverenciado como um marco da cultura pop nas próximas décadas.